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Texto foi encaminhado ao Congresso, que terá de aprovar o projeto. Dívida do estado é de cerca de R$ 100 bi. Medida foi proposta em razão da calamidade provocada pelas chuvas no RS. Lula propõe suspender dívida, zerar juros e dar alívio de R$ 11 bi ao RS O governo federal divulgou na noite desta segunda-feira (13) a proposta enviada ao Congresso que prevê o adiamento por três anos do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União e a redução a 0% da taxa de juros no contrato do estado no período. Para virar lei, o projeto de lei complementar precisa ser analisado, primeiramente, pela Câmara e, se aprovado pelos deputados, também precisará do aval do Senado. Com isso, poderá ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida deve evitar gastos de R$ 11 bilhões com as parcelas e mais R$ 12 bilhões com os juros da dívida – que soma R$ 97,7 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda. O governo Lula propôs a suspensão do pagamento da dívida por três anos em razão das fortes chuvas no RS, que, em duas semanas, provocaram destruição em centenas de municípios gaúchos. Mais de 140 pessoas morreram, e 125 estão desaparecidas. Milhares de pessoas estão fora de casa; trechos de estradas e o Aeroporto Salgado Filho, o principal do estado, estão interditados por tempo indeterminado. Veja nesta reportagem (clique no link para seguir ao conteúdo): O que diz o projeto enviado pelo governo? Qual o tamanho da dívida do RS? Entenda o projeto encaminhado pelo governo ao Congresso para permitir o adiamento da dívida do RS por três anos Suspensão da dívida por 36 meses A proposta encaminhada pelo Executivo ao Legislativo afirma que, em caso de calamidade pública reconhecida pelo Congresso após iniciativa do governo federal, a União pode adiar pagamentos devidos por um estado, com redução a 0% da taxa de juros, pelo período de 36 meses. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o projeto pode liberar R$ 23 bilhões para o caixa do Rio Grande do Sul em 36 meses, sendo: R$ 11 bilhões correspondentes ao somatório dessas 36 parcelas – que, se o projeto virar lei, serão adiadas; R$ 12 bilhões correspondentes aos juros da dívida nesse período –que, com a nova lei, não serão cobrados Conforme o texto, os recursos que deixarão de ser pagos pelo estado, no caso o Rio Grande do Sul, no período de três anos deverão ser direcionados "integralmente" a ações de enfrentamento e diminuição de danos provocados pela calamidade pública e suas consequências econômicas e sociais. Um fundo para operacionalizar os recursos deverá ser criado no âmbito do estado. O governo gaúcho terá prazo de até 60 dias – contados a partir da decretação do estado de calamidade pública – para encaminhar ao Ministério da Fazenda um plano de investimentos com projetos e ações a serem executados com as verbas. O estado terá de demonstrar e dar publicidade aos gastos possibilitados com a proposta, e terá de deixar clara a relação entre as ações realizadas e os recursos que deixarão de ser pagos à União. O texto também proíbe o estado, no caso o RS, de criar ou aumentar despesas permanentes (como salários do funcionalismo), ou aumentar renúncia de receitas que não estejam relacionadas ao enfrentamento da calamidade pública. Exceto se houver aprovação do Ministério da Fazenda. Após cada ano de suspensão, o estado terá até 90 dias para enviar ao governo federal relatório de comprovação de aplicação dos recursos que deixarão de ser pagos. O texto também diz que, ao final do estado de calamidade pública, o estado deve assinar um termo aditivo ao contrato da dívida em até 180 dias. O governo estadual se comprometerá a não propor e a desistir de ações judiciais sobre o termo aditivo. Os valores cujos pagamentos serão suspensos vão ser incorporados ao saldo devedor do estado ao final do período de 36 meses, atualizados pelos encargos financeiros, mas sem a incidência de juros. Se o termo aditivo não for assinado, haverá o acréscimo dos juros originais do contrato. Estado endividado Entenda a dívida de R$ 104 bilhões do Rio Grande do Sul O Rio Grande do Sul faz parte do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), criado em 2017 para ajudar os estados com níveis altos de endividamento em relação às receitas. Em troca, os governos estaduais deveriam aprovar um plano de recuperação, adotando algumas medidas para o equilíbrio fiscal, como a implementação de um teto de gastos. Contudo, até hoje, os estados reclamam das contrapartidas impostas. Segundo o Ministério da Fazenda, em abril deste ano, a dívida do Rio Grande do Sul com a União somava R$ 95,7 bilhões. No mês, o estado pagou R$ 240 milhões. Em 2024, até o momento, foram pagos aproximadamente R$ 1,2 bilhão. A estimativa era de um pagamento total de R$ 3 bilhões este ano – suspenso pela medida anunciada nesta segunda-feira (13).
Americanos afirmam que a China promove 'riscos inaceitáveis' para a segurança econômica por práticas injustas, que ajudam a inundar os mercados globais com produtos baratos. EUA anunciam aumento de tarifas sobre produtos chineses Os Estados Unidos e a China voltam a se envolver em mais uma guerra comercial. Nesta terça-feira (14), os EUA anunciaram um pacote de aumento de tarifas sobre os produtos chineses ligados à tecnologia, como veículos elétricos, semicondutores, baterias, células solares, aço e alumínio. Os americanos afirmam que a China promove “riscos inaceitáveis” à segurança econômica por conta do que consideram práticas injustas de concorrência, que deixam os produtos chineses mais baratos que a média e roubam fatias dos mercados globais. Veja abaixo as principais mudanças: Veículos elétricos passam de 25% para 100% (4 vezes mais); Semicondutores passam de 25% para 50% (2 vezes mais em 2025); Células solares passam de 25% para 50% (2 vezes mais); Aço e alumínio passam de 0%-7,5% para 25% (mais de 3 vezes mais). A China imediatamente prometeu retaliação. O Ministério do Comércio chinês disse que o país se opõe aos aumentos tarifários dos EUA, e que tomará medidas para defender os seus interesses. As relações de comércio entre EUA e China são deficitárias para os americanos há décadas. No ano passado, os EUA importaram US$ 427 bilhões em bens da China, enquanto exportaram apenas US$ 148 bilhões. Na tentativa de equilibrar a questão, a administração do ex-presidente Donald Trump introduziu tarifas sobre cerca de US$ 300 bilhões vindos da China. Agora, o presidente americano Joe Biden mantém as tarifas impostas por seu antecessor, e aumenta outras. Um conflito comercial poderia aumentar os custos dos produtos envolvidos, prejudicando os objetivos climáticos e de criar empregos na indústria de Biden, que tenta a reeleição. O presidente dos EUA, Joe Biden, faz sinal de positivo enquanto caminha com o presidente chinês, Xi Jinping, na propriedade de Filoli, à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), em Woodside, Califórnia, EUA, 15 de novembro de 2023. REUTERS/Kevin Lamarque O "tarifaço" de Trump, inclusive, foi alvo de críticas dos democratas no processo eleitoral de 2020. Diziam que a determinação não havia aumentado as exportações americanas, nem impulsionado os empregos industriais americanos. Trump impôs tarifas de 60% ou mais sobre todos os produtos chineses. Agora, a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, disse que as tarifas se justificam porque a China continuava a roubar propriedade intelectual dos EUA, e que as tarifas anteriores foram eficazes na redução das importações de produtos chineses enquanto aumentaram as importações de outros países. Biden tem lutado para convencer os eleitores da eficácia das suas políticas económicas, apesar de um cenário de baixo desemprego e de crescimento económico acima da tendência. Uma pesquisa Reuters/Ipsos do mês passado mostrou que Trump tinha uma vantagem de 7 pontos percentuais sobre Biden na economia.
Apesar da dissidência interna, integrantes do comitê concluíram que cenário para inflação nos próximos anos se tornou 'mais desafiador'. BC vê situação externa mais 'adversa', atividade econômica e emprego aquecidos, e cita necessidade de política crível para contas públicas. Copom reduziu o ritmo de corte dos juros e registrou racha em sua última reunião Raphael Ribeiro/BCB O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou nesta terça-feira (14) a ata de sua última reunião, realizada no dia 8 de maio, quando houve divisão na diretoria do Banco Central sobre o ritmo de corte da taxa de juros – o que gerou nervosismo no mercado financeiro. À ocasião, o Copom decidiu reduzir o ritmo de corte da taxa Selic – que caiu 0,25 ponto percentual, de 10,75% para 10,50% ao ano. Apesar da dissidência interna, o Copom concluiu, segundo a ata, que o cenário para inflação nos próximos anos "se tornou mais desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo condicionadas em uma taxa de juros mais elevada" (veja os recados do Copom abaixo). Entenda o que ocorreu: Quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano, mas foram voto vencido. Quatro diretores mais antigos e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, formando uma maioria, optaram por uma redução menor na taxa Selic. O "racha" no Copom teve efeito negativo no mercado financeiro no dia seguinte. A bolsa de valores caiu, enquanto o dólar e os juros futuros avançaram. O temor do mercado é que a diretoria do BC indicada pelo presidente Lula – com maioria no Copom a partir de 2026 –, possa ser mais leniente com a inflação, em busca de um ritmo maior de crescimento da economia. Segundo a ata da reunião, diante da análise de dados, "concluiu-se unanimemente pela necessidade de uma política monetária [definição dos juros] mais contracionista e mais cautelosa, de modo a reforçar a dinâmica desinflacionária". Copom: voto de Campos Neto racha diretoria antiga e sucessores Argumentos por redução maior nos juros Os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, crítico contumaz da diretoria anterior do Banco Central – indicada por Jair Bolsonaro (PL) – avaliaram que houve, de fato, um "aumento das incertezas internas e externas" na economia brasileira nas últimas semanas, como apontou o restante da diretoria do BC. Entretanto, eles lembraram que o Copom havia indicado, na reunião anterior, que seria feito um novo corte de 0,50 ponto percentual – chamado de "guidance" no jargão técnico do mercado financeiro. Segundo a ata, na reunião, os diretores discutiram se seria prudente não seguir essa indicação, mesmo diante da mudança de cenário. "Como em debates ocorridos em outras reuniões, tais membros discutiram se o cenário prospectivo [previsões para os próximos anos] divergiu significativamente do que era esperado a ponto de valer o custo reputacional de não seguir o 'guidance' [indicação de um corte maior nos juros, de 0,50 ponto percentual, para 10,25% ao ano], o que poderia levar a uma redução do poder das comunicações formais do Comitê", diz a ata do Copom. Para os membros indicados por Lula, segundo o BC, "julgou-se apropriado, tal como em reuniões anteriores, seguir o 'guidance' [indicações dadas anteriormente sobre o ritmo de corte dos juros], mas reafirmando o firme compromisso com a meta e com a requerida taxa de juros terminal para que o objetivo precípuo do Comitê de convergência da inflação para a meta seja alcançado". Eles avaliaram, ainda, que é difícil antever uma tendência para a dinâmica da inflação em um "ambiente incerto", mas que isso não deveria ser confundido com "leniência com relação aos indicadores divulgados no período, em particular as expectativas de inflação". Alegações para um corte menor no juro Ao mesmo tempo, quatro diretores mais antigos do Banco Central, e o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, concluíram que era apropriado reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual. Para o grupo, o "cenário esperado não se confirmou em função da "desancoragem adicional" das expectativas, da elevação das projeções de inflação, do cenário internacional mais adverso e da atividade econômica mais dinâmica do que esperado. "Para tais membros, o 'forward guidance' indicado [de um corte maior nos juros, para 10,25% ao ano] na reunião anterior sempre foi condicional e houve alteração no cenário em relação ao que se esperava", diz a ata. Segundo o documento, "tais membros ressaltaram que muito mais importante do que o eventual custo reputacional de não seguir um 'guidance', mesmo que condicional, é o risco de perda de credibilidade sobre o compromisso com o combate à inflação e com a ancoragem das expectativas". Recados do Copom Para além da divergência, o Comitê de Política Monetária divulgou vários recados na ata de sua última reunião. Veja abaixo: Cenário externo: O BC avaliou que o cenário internacional se mostrou "mais adverso" e que a incerteza com relação ao ciclo de queda de juros norte-americano e ao processo desinflacionário nas principais economias mostra-se persistente. "Nesse cenário de incerteza prospectiva elevada, reforça-se a necessidade de maior cautela na condução da política monetária [definição da taxa de juros] doméstica. Observa que também houve uma mudança nas expectativas do mercado sobre o início do ciclo de cortes de juros nos EUA, com postergação", diz a ata. Juros altos por mais tempo nos EUA, segundo analistas, dificultam um corte mais agressivo da taxa Selic no Brasil. Atividade econômica no Brasil: O Copom avaliou que, ao longo dos últimos trimestres, os dados de atividade econômica surpreenderam, com maior crescimento em diferentes componentes da demanda (procura por bens e serviços pela população). "Ressaltou-se a resiliência da atividade doméstica e a sustentação do consumo ao longo do tempo, em contraste com o cenário de desaceleração gradual originalmente antecipado pelo Comitê." Por fim, o BC concluiu que a atividade revela-se de fato mais forte ao longo do ano. Atividade econômica mais aquecida, por sua vez, pode ter um impacto maior sobre a inflação, dizem economistas. Contas públicas: O Banco Central diz que "reforçou a visão de que o esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal", assim como o "aumento de crédito direcionado" (linhas com subsídios pelas empresas) e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia – aquela que mantém a inflação sob controle sem afetar o crescimento da economia. Recentemente, o governo anunciou que quer alterar as metas das contas públicas, o que liberaria R$ 160 bilhões a mais em gastos em 2025 e 2026. "O Comitê acompanhou com atenção os desenvolvimentos recentes da política fiscal [mudanças das metas para as contas públicas] e seus impactos sobre a política monetária [definição da taxa de juros pelo Banco Central]. O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária", diz o BC. Metas de inflação: O Comitê de Política Monetária avaliou que, para reduzir as expectativas de inflação – em alta para 2024 e 2025 –, deve haver uma "atuação firme da autoridade monetária, bem como o contínuo fortalecimento da credibilidade e da reputação tanto das instituições como dos arcabouços fiscal e monetário que compõem a política econômica brasileira". "O Comitê não se furtará de seu compromisso com o atingimento da meta de inflação e entende o papel fundamental das expectativas na dinâmica da inflação", acrescentou. Mercado de trabalho aquecido: O Copom diz que há "surpresas recorrentes apontando para elevado dinamismo do mercado de trabalho". Segundo a instituição, o debate se concentrou sobre a "possível transmissão para salários e preços do aperto verificado no mercado de trabalho". "Foi mencionada, como evidência preliminar, a inflação nos serviços intensivos em trabalho, que tem se mostrado persistentemente acima do nível compatível com o cumprimento da meta. Por outro lado, mencionou-se que ainda não há evidências conclusivas de impacto do mercado de trabalho sobre a inflação".
As duas habilidades foram desenvolvidas ao longo dos anos para ajudar a espécie a fugir de predadores. Cavalo é visto sobre telhado em área alagada em Canoas (RS) GloboNews/Reprodução O Caramelo é um animal especial e mostrou ser mais resistente do que outros cavalos poderiam ser, afirma Leandro Castro, um dos médicos veterinários que o resgatou. Mas duas características importantes da espécie o auxiliaram: cavalos sabem nadar e conseguem ficar muito tempo em pé. A imagem do cavalo que foi apelidado como Caramelo comoveu o Brasil. Ele ficou ilhado por 4 dias em um telhado na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, devido às fortes chuvas no estado, sendo resgatado na última quinta-feira (9). Geralmente, os cavalos dormem de pé. Isso é possível porque possuem ligamentos nas pernas que travam as articulações, explica o especialista em equinos e professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq - USP), Roberto Arruda. Outra questão importante é que a espécie consegue ficar nessa posição sem gastar muita energia, aponta Castro. Graças a essa habilidade, Caramelo apresentou apenas lesões musculares leves, que já foram tratadas. Além disso, os cavalos são ótimos nadadores, aponta Castro, o que foi fundamental para Caramelo encontrar um refúgio. Estes animais podem nadar longas distâncias e por muito tempo, graças ao fato de serem musculosos; contudo, gastam muita energia na atividade. Portanto, se o equino não estiver em boas condições físicas, há mais chances de sobrevivência se o percurso for menor, aponta Arruda. As duas habilidades foram desenvolvidas na evolução da espécie, como um mecanismo de fuga, por ser um animal que já foi considerado presa. Ao dormir em pé, é mais fácil escapar em caso de aparecimento de um predador e, ao nadar, há mais uma possibilidade de rotas. SAIBA TAMBÉM: 'Abrimos os chiqueiros para os porcos saírem à própria sorte', diz criador de suínos do RS Leonardo Castro, médico veterinário de Sorocaba (SP), ficou responsável pela administração do soro intravenoso que sedou cavalo Caramelo Corpo de Bombeiros/Divulgação Resgate O resgate foi feito por meio de uma força-tarefa organizada por socorristas, veterinários e auxiliares. Segundo Castro, foi preciso muito planejamento e a equipe encontrou um desafio logo de cara: encontrar a localização exata do equino. Para conseguir isso, ela teve que usar os botes para procurar o cavalo na região. Uma vez que ele foi encontrado, Castro, que foi o anestesista da operação, se aproximou aos poucos do Caramelo, para não o espantar. Deu certo e o animal permaneceu calmo todo o período até receber a anestesia intravenosa, ali no telhado mesmo. Caramelo precisou ser sedado porque a equipe de resgate foi alertada pelos bombeiros que, para o bote não virar, o animal não poderia estar acordado durante o trajeto, mesmo com o transporte tendo a capacidade para o seu peso, 350 kg. Seco, Caramelo, ainda dentro do bote, foi colocado em cima de uma carreta e, em seguida, levado a um hospital veterinário. O animal está no complexo veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). O equino recebeu medicação para repor a quantidade de líquido perdida nas horas em que ficou ilhado e já está em boas condições. Seu proprietário ainda não foi identificado. De acordo com Castro, Caramelo é um cavalo sem raça definida (SRD) e a arcada dentária apontou que ele tem aproximadamente 7 anos. De Caramelo a Pouca Pata: Fantástico acompanha resgates de animais no RS Leia mais: Destruição de lavouras de soja no RS pode encarecer frango e porco, além do óleo, dizem analistas 'Arroz que está colhido garante o abastecimento do país', diz presidente da federação de agricultura do RS Preço do leite deve subir no campo após enchentes no RS, diz Cepea
Falta de chuvas melhora qualidade do plantio e permite trabalho no campo sem restrições, ajudando na colheita. Falta de água, porém, afeta produtividade da lavoura. Prejuízo na safra e benefício para colheita: entenda como onda de calor por impactar o cultivo da cana-de-açúcar no interior de São Paulo Claudia Assencio/g1 A onda de calor registrada na região de Piracicaba (SP) pode gerar impactos na safra de cana-de-açúcar, com reflexos negativos para a produtividade da lavoura e, em alguma medida, positivos para a colheita. O g1 consultou especialistas para saber quais são as perspectivas para a agricultura na região de Piracicaba após o período de seca, sem registro de chuvas. Entre eles, o professor e pesquisador em agrometeorologia e modelagem agrícola do campus de Piracicaba da USP, Fábio Marim, e o vice-presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana), Arnaldo Antonio Bortoletto. A cidade de Piracicaba (SP) está sem chuvas registradas desde abril até o dia 12 de maio, segundo dados do boletim hidrometeorológico do Sistema de Telemetria do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Bloqueio atmosférico: excesso de chuvas no sul e seca no sudeste De acordo com o professor Fábio Marin, do Departamento de Engenharia de Biossistemas da instituição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (LEB-Esalq), um bloqueio atmosférico, causado por uma zona de alta pressão, impede que as frentes frias que se deslocaram do Polo Sul cheguem ao sudeste do Brasil. "Essas frentes frias pararam no Rio Grande do Sul. Isso explica a seca no centro-sul do Brasil e as altas temperaturas, uma vez que a alta pressão e a falta de chuvas mantêm a temperatura alta. E, explica também, o excesso de chuvas lá no Sul. As frentes frias não conseguem subir, como seria o normal, isso tem um impacto bastante grande naquele estado, devido a toda tragédia humana", afirma. Lavouras Marim acrescenta que, para o estado de São Paulo, a condição é de seca acelerada com prejuízo para o pasto, para a cana-de-açúcar e também lavouras de milho safrinha, que ainda estão na fase final de enchimento de grãos. "Especialmente para a cana, temos o efeito negativo, mas também temos o impacto positivo para as colheitas", pondera. Marim ressalta que, para a lavoura de cana-de-açúcar, especificamente, a onda de calor com falta de chuvas tem um efeito negativo por um lado, mas por outro, tem impacto positivo, que é o aceleramento das colheitas. "Os canaviais já estão em fase de colheita na região de Piracicaba e essa condição melhora a qualidade da cana e permite que trabalhadores e máquinas atuem sem nenhuma restrição. Mas, afetam, por conta da falta de água, aquelas lavouras que ainda serão colhidas no final da safra, em setembro, outubro e novembro", observa o pesquisador da Esalq. Safra de cana-de-açúcar pode perder produtividade onda de calor e falta de chuvas se prolongarem, afirma o vice-presidente da Coplacana de Piracicaba Claudia Assencio/g1 Por que o clima seco é bom para a colheita de cana?☀️ O representante da Coplacana, Arnaldo Bortoletto, confirma que a onda de calor em início de safra, é bom para a colheita. Mas, se o período seco se prolongar pode afetar diretamente a produtividade da safra. "O clima seco permite que a safra não pare. Quando chove, atrapalha o transporte, a colheita paralisa, a cana-de-açúcar absorve água e, assim, reduz o Açúcar Total Recuperável (ATR). Por outro lado, se o período de estiagem se prolongar, como ocorreu em abril, acaba sendo prejudicial, pois os plantios de cana de ano e meio terão dificuldade de brotação, aumentando o risco de o produtor perder esse plantio e ter de replantar essas áreas", alerta. "Ao mesmo tempo, a cana que está sendo colhida, sem umidade, com a seca intensa, tem a brotação prejudicada, consequência para a safra 24/25. Então, nesse aspecto de produtividade, o reflexo é negativo. O único fator favorável é para a colheita. Nesta época, o cenário ideal são chuvas parciais que garantirão uma boa brotação para a cana de 18 meses", ressalta Bortoletto. Quais são as perspectivas para a safra? Haverá adiantamento? 🌱O vice-presidente da Coplacana explica que a safra está com uma moagem mais intensa se comparada a abril de 2023, mês chuvoso, o que dificultou a colheita naquele ano. "Em 2024, como abril não choveu, a quantidade de cana moída foi maior, se comparada ao mesmo período do ano passado. Temos que analisar se haverá incidência de chuvas, caso contrário, o risco de perda de produtividade é grande", afirma Bortoletto. Quais os prognósticos para combustíveis derivados da cana-de-açúcar? ⛽ Segundo o representante do setor, ainda há muito etanol de milho disponibilizado no mercado. "O que compensa o mix de etanol da cana, aumentando a produção de açúcar, com preço mais favorável. A indústria está otimizando o máximo para fazer açúcar. A menor produção de etanol da cana está sendo suprida pelo etanol que está vindo do milho", explicou. Pode faltar etanol? ⛽ No momento não há essa perspectiva, segundo o vice-presidente da Coplacana. LEIA MAIS Umidade do ar atinge 25% e fica abaixo do mínimo em Piracicaba; veja cuidados necessários Da pecuária ao hortifruti: entenda como enchentes no Sul afetam produção, preços e logística de distribuição do Agro Inmet mantém alerta de grande perigo para onda de calor até o fim do dia 12 de maio na região de Piracicaba Inmet/Reprodução Onda de calor🌡️ O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) atualizou o alerta de perigo para onda de calor na região de Piracicaba de amarelo para laranja no último dia 3 de maio. No dia 6 de maio, houve novo aviso com alerta vermelho. O comunicado indicava risco à saúde devido às altas temperaturas, quando os termômetros podem bater máximas de 37ºC, segundo a previsão - 🌡️Veja detalhes, abaixo. Antes, o aviso era amarelo e indicava perigo potencial para onda de calor na região. Segundo o Inmet, para que seja considerado o registro de onda de calor, o município precisa ter cinco dias consecutivos de temperaturas 5ºC acima da marca prevista para determinado mês. Com temperaturas de até 37ºC, Inmet muda para laranja o alerta de perigo de onda de calor na região de Piracicaba; entenda cores Reprodução/Inmet O alerta de grande perigo para onda de calor na região de Piracicaba tinha validade até às 23h59 deste domingo (12). Mas, as altas temperaturas deve durar até o dia 14 de maio. Entenda o que significam as cores do alerta os graus de severidade, a seguir: 🟡Alerta amarelo: perigo potencial 🟠Alerta laranja: perigo 🔴Alerta vermelho: grande perigo 1ª onda de calor do outono 🌡️ Piracicaba (SP) registrou a primeira onda de calor no último dia 30 de abril desde que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) começou a monitorar a cidade em 2006. O município teve temperaturas acima dos 33ºC nos últimos cinco dias consecutivos em abril e as máximas continuam ultrapassando essa marca, conforme dados do Centro Integrado de Informações Agrometereológicas (Ciiagro). A umidade relativa do ar diária em abril de 2024 foi de 33,1%, de acordo com medição do Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). Uma onda de calor que pode derrubar a umidade relativa do ar.🧾A recomendação é que os moradores da região sigam algumas orientações como: 💧 Beber bastante líquido; 🥵 Evitar desgaste físico nas horas mais secas; 🌡️ Evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia; 🚿 Utilizar umidificadores de ar se possível, hidratar a pele e evitar banhos muito quentes para não ressecar a pele. 📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba Calor na região de Piracicaba: recomendação é se hidratar e evitar exposição ao sol nos horários mais quentes Reprodução/EPTV Previsão do tempo ☀️ Confira a previsão do tempo para o fim de semana e segunda-feira, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia: Segunda-feira (13) Mínima de 18ºC e máxima de 33ºC. Sol e aumento de nuvens à tarde e à noite. Terça-feira (14) Mínima de 19ºC e máxima de 31ºC. Sol e aumento de nuvens à tarde e à noite. Quarta-feira (15) Mínima de 17ºC e máxima de 30ºC. Muitas nuvens, Quinta-feira (16) Mínima de 17ºC e máxima de 34ºC. Sol com muitas nuvens. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região A Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba